sexta-feira, 29 de março de 2024
quarta-feira, 20 de março de 2024
24h
- Thierry Van Hasselt : La Véritable Histoire de Saint-Nicolas (Frémok; 2023)
- Anna Sommer : L'Encre (Frémok; 2023)
- Laï Tat Tat Wing : L'enfer de Jade (Casterman; 2007)
- Evin Collis : Litterpig (3 vol.; ed. de autor; 2020-2023) + Transcontinental (3 vol.; ed. de autor; 2016-2018)
- Elias Suleiman : O que resta do tempo / The Time that remains (2009)
- BCC + Triunfo dos Acéfalos (24 Fev; Damas)
- Frederik Peeters : Oleg (Nemo; 2021 - orig. 2020)
- Ebisu Yoshikazu : I wish I was stupid (Breakdown; 2023 - orig:1982)
- A.T. Pratt : Dot Comics #1 (2023)
- Alison Brechdel : O Segredo da Força Sobre-Humana (Relógio D'Água; 2023 - orig. 2021)
- Pedro Almodóvar : Lei do Desejo (1987)
- Nicolas Roeg : O Homem que veio do Espaço / The Man who fell to Earth (1976)
- Virginia Danielson : The Voice of Egypt : Umm Kulthum, Arabic Song, and Egyptian society in the Twentieth Century (The American University in Cairo Press; 1997)
- Andrey Khrzhanovsky : O Nariz ou a Conspiração dos Dissidentes (2020)
- André Coelho : Katabatis #1 (Khthon)
- Mark Cousins : Women make film / As mulheres fazem Cinema (2018)
- Charles Berberian : Une Education Orientale (Casterman; 2023)
- Lee Hee-jae : Vedette (Casterman; 2006 - orig.: 1986-89)
- Joann Sfar : Les Lumiéres de la France (vol.1, Dargaud; 2011)
- Medusa Unit : Umbra, Penumbra & Antumbra (Shhpuma; 2023)
- Yôji Fukuyama : Voyage à Uroshima (Casterman; 2006)
segunda-feira, 11 de março de 2024
No comprendo
Biografia sem interesse de um novo rico sem interesse - as tentativas de mostrar que ele foi uma pessoa generosa, é de puxar os limites da bondade de um cinzento tecnocrata... Fuck!... Espera espera,... para quê ler esta merda? (porque me ofereceram...)
Espera espera,... para quê escrever esta resenha!!??? Oh fuck... sei lá...
Já é a segunda vez que leio Sober living for the Revolution : Hardcore Punk, Straight Edge and Radical Politics (PM Press; 2010) de Gabriel Kuhn (edição), passado 30 anos depois de ver os X-Acto na Jukebox e conhecer esta subcultura ainda não percebi um caralho o que é o Straight Edge... A entrevista de Ian MacKaye (Minor Threat, Pailhead, Fugazi) é reveladora. Começou pela sua comunidade que para se proteger de gangues de xungaria, criaram espaços seguros onde pudessem curtir sem a violência dos Punks bêbados e agarrados. Não acreditando no niilismo da primeira geração Punk, afunilaram-se dois factos numa ideia, uma consciência política e a sobriedade. Depois disso, criaram-se manifestos de maninhos sem cultura (América, o que esperar dela?) que invés de dar frutos políticos radicais imediatos, deu antes em fanáticos, alguns até próximos de religiões organizadas, e dentro de pensamentos absurdos como anti-aborto e homofóbicos. Felizmente houve quem pensasse mesmo, e tenha ido mais longe com associações acratas ou progressistas. À primeira vista, até parece que serei contra a sobriedade, longe disso, será assim que se poderá ter acções realmente revolucionárias - como os anarco-ilegalistas Bonnot - ou como forma de defesa contra o Imperialismo Capitalista - que o digam as comunidades ameríndias, dizimadas pelo álcool europeu, ou como os Zapatistas baniram o seu uso para se defenderem contra o Estado mexicano. De resto, ainda não percebo a razão de existir desta "coisa" depois de um primeiro momento, no Punk sempre houve liberdade de pensamento e ideais revolucionários, quem ouviu Dead Kennedys ou Crass, sabe disso. Talvez num mundo de deuses zombies (disseram que Deus 'tá morto mas olhando para quantidade de malucos que andam por aí, parece que a notícia foi exagerada), o "X" seja um ritual de passagem espiritual, tal como noutras subculturas há outros. Só assim se explica, talvez... Momentos altos no livro: entrevistas a Jonathan Pollack (recentemente entrevistado também n'A Batalha) e a Nick Riotfag.
domingo, 18 de fevereiro de 2024
O 42 é em 2024
Índios do mundo anotem lá na vossa rede social estas datas de lançamento do trabalho vencedor dos 5001000 paus de 2023!
18 de Fevereiro n'O Thigaz em Santo Tirso com conversa de VIPs (very important punks!) como Alexandra Saldanha (iá! a vocalista dos Unsafe Space Garden e que faz BD psicadélica), Marcos Farrajota (um velho, ainda lúcido, da cena) e Rudolfo (Rei da BD portuguesa e Conde do Chiptune)
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24 Fevereiro na Tinta Nos Nervos em Lisboa conversa com o autor e à noite há concerto de Triunfo dos Acéfalos no Damas.
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Isto para dizer que vai sair finalmente o
Partir a Loiça (toda)
de
O fanzine com os maiores custos de sempre!!!
Este Mesinha de Cabeceira tem um CD a acompanhar cheio de fofura sónica com as bandas Sindicato do Punk, Entre Outros e TINNITRUS, que saíram directamente da Banda Desenhada - uma tradição em Portugal que não é fácil de ignorar se pensarmos "nas" Garina Sem Vagina da chata série "Superfuzz" (2004) e os recentes Podre e Freiras Monomamárias do divertido fanzine Olho do Cu.
Impresso com papel amarelo, as 44 páginas em formato A5 fazem o regresso dos nossos conhecidos Danny e Arby e os seus amigos Cassie e Buddy a meterem-se num comboio e vão até à "Metrópole". Vão ao primeiro concerto do Sindicato do Punk, a banda de Bobi, um amigue do duo. A banda já ganhou alguma tracção com o seu EP de estreia por isso a sala está cheia de fãs ansiosos pela estreia ao vivo da nova sensação do punk nacional. O concerto é absolutamente caótico, envolvendo vibradores, confettis, finos entornados e muito, muito mosh. Mas a actuação do Sindicato do Punk é apenas o concerto de abertura para os TINNITRUS, uma banda local de noise extremo que destrói tímpanos e PAs por onde quer que passe.
Co-edição da Chili Com Carne e Culetivo Feira.
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Pode ser adquirido na shop da Chili e nas lojas Neat Records e Tinta nos Nervos.
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As fotos não enganam as bandas da BD existem!!!
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Ainda não saiu oficialmente e já o Pedro Moura, mais rápido que um Punk escreveu no Ler BD:
(...) este projecto era a “cara” do catálogo da Chili, ainda que compreenda a diversidade editorial ofertada por esta plataforma (...). Essa “cara” traduz-se aqui por uma atenção particular para com a realidade urbana portuguesa, real, ancorada, e jamais transfigurada em fantasias ou denominadores comuns que tentam domesticar a imagem da(s) cidade(s) e das gentes de uma forma fácil de consumir, vulgo “postal”. É algo que tem a imediaticidade da escrita diarística, apesar das suas roupagens representacionais, uma recordação de algo ainda quente na experiência, traduzido de forma simples, célere, e, pasme-se, divertida. Se não é um “espelho da sociedade contemporânea”, é um suficiente retrovisor e, como tal, talvez sirva para não sermos ultrapassados.
domingo, 31 de dezembro de 2023
A importância de enumerar 23
- Olivier Schrauwen : Sunday 5/6/7/X (Colorama)
- José Smith Vargas : Vale dos Vencidos (Chili Com Carne)
- Jarno Latva-Nikkola : Logistiikkakeskus 5 (Zum Teufel; 2022)
- Karel Čapek : A Fábrica do Absoluto (Antígona; 2022 - orig.: 1922)
- Hanane Hajj Ali : Jogging (Incrível Almadense - Salão de Festas; 9 Jul.)
- Hanneriina Moisseinen : Kannas (Kreegah Bundolo; 2018)
- Yoko Kondo sob texto de Ango Sakaguchi : Una mujer y la guerra / Sensô to hitori no onna (Gallo Nero; orig. 2012)
- Naomi Klein : The Shock Doctrine (Penguin; 2007)
- Mário Domingues : A Liberdade não se concede, conquista-se. Que a Conquistem os negros! (Falas Afrikanas + Letra Livre + A Batalha) c/ introdução de António Baião
- Michael Tau : Extreme Music, from silence to noise and eveything in between (Feral House; 2022)
- McKenzie Wark : Um Manifesto Hacker (DeStrauss; 2022 - orig. 2004)
- Aleksandr Sokurov : Fairytale / Sombras do Velho Mundo (2022) + Fausto (2011)
- Jafar Panahi : No bears / Ursos não há (2022)
- Elio Petri : Indagine su un cittadino al di sopra di ogni sospetto / Inquérito a um cidadão acima de qualquer suspeita (1970) + La classe operaia va in Paradiso / A Classe operária vaia para o Paraíso (1971)
- Bill Bryson : Breve História de Quase tudo / A short history of nearly everything (Bertrand; 2020 - orig. 2003)
- Kristoffer Borgli : Farta de mim mesma / Syk Pike (2022)
- Stefane Gil Franco : Os imperativos da Arte - Encontros com a loucura em Portugal no século XX (Caleidoscópio; 2021)
- Dominique Grange e Jacques Tardi : Elise e os novos Partisans (Ala dos Livros; orig. 2021)
- Jesse Jacobs : New Pets (Hollow Press)
- Rudolfo : Memórias Artificiais (Porto; 16 Jun.)
- Hunter S. Thompson : Hell's Angels (Texto; 2007 - orig. 1967)
- Tsugumi Ohba e Takeshi Obata : Bakuman (20 vol., Viz; 2009-12)
- Rataplan : Cannibal Zoo (Rasga; 2022) + Titã Calamita (Rasga)
sábado, 30 de dezembro de 2023
Michael Tau: "Extreme Music Silence to Noise and Everything In Between" (Feral House; 2022)
sexta-feira, 29 de dezembro de 2023
Morte 2023
Tinha de ser o Camarada Fom Fom a orientar-me um disco inesperado, quando um gajo pensa que já conhece tudo ou pelo menos que nada já bate.
segunda-feira, 11 de dezembro de 2023
Visita ganzada
Sempre se disse que BD é para ser publicada e não para se expor na parede. Não sei se é por concordar em grande parte com isso que ganhei resistência a exposições de BD, ou apenas, os meus originais são tão feios e lixados que nenhum "agente da BD" queira promover exposições minhas. Não sei mas também não é que eu me possa queixar assim tanto, logo em 1998 tive direito a uma individual na Universidade De Aveiro, "Auto da Fé(rrajota)" organizada pelo Núcleo de BD e mais recentemente (o tempo passa, meu!) em 2015, a "Free Dub Metal Punk Hardcore Afro Techno Hip Hop Noise Electro Jazz Hauntology" (título homónimo do livro) na galeria da Mundo Fantasma. Pelo meio participei em algumas exposições colectivas nacionais - destaque para a “Tintanos Nervos” no CCB (2011) - e umas três no estrangeiro (Ourense, Ravenna e Pančevo).
Fico feliz que o João Silvestre me tenha convidado e que não
se atreveu a colocar como "curador" porque senão recusaria logo.
Tivemos trocas de emails a pensar o que faria sentido expor, é certo, mas sem
uma hierarquia e esse parasitismo do intermediário. Ele organizou e essa
palavra "organização" é mais catita que "curadoria", é o
que acho porque acredito na cultura DIY numa óptica colaborativa (opondo a
competição do empreendorismo neoliberal DIY). Daí que a maioria dos projectos
que me envolvo tenham essa pretensão da "união faz a força" mesmo
que, mais tarde ou mais cedo, fique só um cromo a cuidar de tudo, especialmente
da parte chata da papelada.
Comecei o fanzine Mesinha de Cabeceira em 1992 com o Pedro Brito, tendo ele abandonado o projecto no número seis (1995) porque andava exausto com a vidinha. Da minha parte prossegui com o zine ainda mais porque tinha descoberto uma força interior para desenhar as minhas autobiografias, fascinado por Harvey Pekar (1939-2010) ou Julie Doucet. É esse o primeiro bloco de originais que é aqui mostrado, as BDs vêm dos números 10 ao 12 do Mesinha, entre 1996 e 1997, sob o título "Apontamentos de Noitadas, Deprês & Bubas". Os tempos universitários eram longos nos anos 90 (pré-Bolonha), em que uma licenciatura demorava cinco anos mas que permitia perdições e explorações várias. Nessas pranchas há concretizações como um fim-de-semana ao mítico Salão de BD do Porto - no ano de 1995 em que os convidados internacionais era a malta toda da Drawn & Quarterly: Adrian Tomine, Seth, Doucet, Joe Matt, Chester Brown e Chris Oliveros. Noutras há apenas deambulações boémias já sem número, embora o Blixa Bargeld o tente fazer. Importante para mim era tentar a tarefa impossível de colocar toda a vida em papel, fosse músicas ouvidas ou desenhos feitos num "evento" (que acabavam colados nas BDs), pensamentos tão iluminados cheios de epifania (era mais pifos!) que tinham de ser registados na hora! Isto mesmo que demorasse anos para depois desenhá-los. Foi aí que que percebi que Arte precisa de tempo para arejar e que demora tempo a fazê-la. Arte não pode competir com a vida! Por fim, as pranchas eram quadradas, nunca curti o formato A4, daí que há umas BDs no topo dos originais A4 que juntos faziam de maquete para impressão dos Mesinhas mais o suplemento Meseira de Cabecinha que era o que sobrava - depois do corte para o formato quadrado. Aqui vêem-se tiras de Leonor Gomes mas noutras passaram nomes como o Janus ou Mike Diana.
Não querendo acabar como o Joe Matt - que faleceu com 60 anos em Setembro- que era um autor que confessa, na série Peepshow, TUDO sobre a sua vida privada de tal forma que acabou por destruí-la, ou apenas porque curtia a ideia de promover a BD noutras manifestações públicas, comecei a fazer BDs de critica de concertos - e mais tarde discos e livros. Comecei onde fazia sentido, um jornal de música, xunguérimo, chamado Inside em 1998. O "deal" era simples, davam-me bilhetes para os concertos e eu fazia a resenha crítica em BD. Trabalho baratinho para eles e a precariedade que aceitava era pela satisfação de ver uns gajos a abanar a cabeça, não tendo cheta para os ver - foi assim que perdi os Cramps na primeira vez. Na BD "Recuerdos" (1998) muitos concertos foram colocados na página mas quase todos sem bilhetes vindos da redação do jornal, isto porque não havia muito para contar do concerto de Soulfly para dizer a verdade, e sempre divulgava uma variedade de gente que merecia visibilidade como o fantástico Jad Fair. Anos mais tarde, em 2012, a organização do SWR Metal Fest de Barroselas convidou-me para fazer uma BD que seria incluída no DVD comemorativo dos 15 anos deste evento! Não sei o que eles esperavam de mim, sinceramente, mas curtindo Metal como gosto de muitas outras coisas na vida aceitei avisando que não sou especialista para escrever sobre guitarras (des)afinadas, pregos de bateria ou se é mais Black ou menos Death. Fiz "gonzo journalism" como fã do Hunter S. Thompson que sou até porque a caminho do festival sofri um acidente de automóvel em que sai vivo por um triz. Achei muito sinceramente a organização do festival impecável e que tal merecia ser divulgada na BD, daí falar mais com trabalhadores do que com músicos cheios de si. Quando a revista eslovena Stripburger pediu-me para fazer uma BD prás suas páginas, em 2013, a cena de Barroselas ainda estava quente para mim. Por um lado adorei o festival, por outro ouvir mexericos por lá e percebi também do lado perverso do mundo da música - neste caso Meta mas transversal a qualquer outra cena musical, artística ou profissional. Resolvi reflectir sobre esse mundo, mostrando o seu lado mais capitalista. Nesta altura já me tinha habituado a usar imagens de outros (ou minhas) para outras BDs, assim em modo de preguiça e orgasmo digital. As minhas pranchas originais começam a ter buracos enormes e ter menos interesse gráfico - fenómeno que não é novo e que se passa com muitos autores de BD desde os finais dos anos 90 com a entrada das ferramentas digitais.
Quanto à prancha dos Napalm Death (grande-banda-grande-banda!)
foi feito para um número do zine suiço Milk + Wodka (2008)
que completava trilogia temática "sex, drugs & rock'n'roll" -
ideia tão original que mais tarde que o zine brasileiro Prego também
o fez e que eu também participei! A BD faz parte de uma fase em que não me
apetecia desenhar mais e restou-me desenhar com a mão esquerda para recuperar o
gosto e a concentração. Fiz mais algumas destas "BDs à canhoto" para
o M&W, a antologia Futuro Primitivo (Chili Com
Carne; 2011) e o zine que acompanhava o EP 7" Raridades (Zerowork;
2008). Aconselho este exercício a todos desenhadores quando estiverem na
merda...
Fecha-se o círculo com a questão da disposição da BD nas
paredes, da generalizada ausência de poder plástico de originais de BD quando
são expostos. Tema bastante discutido no seio da Chili Com Carne,
tentou-se resolver a questão no "Zalão de Danda Besenhada",
em 2000 na Galeria ZDB, com vários artistas a montarem instalações que
acrescentassem uma aura expositiva às suas obras. Da minha parte, apresentei a
BD "Vaiz curtir?" que retrata o percurso de casa dos
meus pais para uma paragem de autocarro num subúrbio em Cascais. A BD revela as
relações (a)sociais com o local e na parede da exposição as suas páginas eram
intercaladas por fotografias ampliadas desse trajecto. É uma modorra
paisagística que obviamente a BD nunca iria apanhá-la nem as fotos iriam reter
o humor de viver na seca suburbana. "O Império Nunca Acabou" (adoro Philip
K. Dick!) foi feito para a colectiva "Mistério da
Cultura" (2007). Foi um engano de um casal de betos
que tinham uma galeria em Lisboa. Nunca disse que fazia ilustração mas
insistiram. Saiu este auto-retrato divido em nove partes que in
extremis faz dele uma BD. Cada desenho trata de momentos culturais
marcantes para mim, que me construíram quer eu queira quer não, seja xungaria
tipo X-Men ou Mata-Ratos, seja o bom tom de Young Gods ou Daniel Clowes.
Resta dizer que deixei de desenhar o ano passado e este é o
meu epitáfio. MF … Lx, 30/11/23
Fotos de João Silvestre
sexta-feira, 8 de dezembro de 2023
Ganza Metal Guimarães
Acho que poucas pessoas sabem que parei de fazer BD, desde o ano passado. No entanto a Magma Bruta crew ainda acredita em mim e prepara uma exposição em Guimarães, aproveitando a minha passagem pela cidade. Será uma exposição de originais com mostra de diários gráficos, das publicações originais e das recolhas. Cartaz de João Silvestre. Dankas very muchas! Não são todos o dias que tenho este tipo de convites!
Opening 8 December at 19:00
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Everything we experience can be seen through comics, it is a fact. At least for Marcos Farrajota. From being a shy and introvert teen, coming home and just wanting to read zines his dad brought him to being an international published comic artist and having his own publisher - @chili_com_carne, Marcos has always lived his life around it.
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This is the opportunity to see his work exhibited on walls, his rough originals tainted with political and cut-throat inherent thoughts.
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At Gamor - Rua Paio Galvão 3 2, Guimarães
Visit the exhibition from 8 till 10 December!
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Poster by @ojoaosilvestre with original drawings by Marcos Farrajota
quinta-feira, 7 de dezembro de 2023
domingo, 3 de dezembro de 2023
Mr. Big
Marcos Farrajota
quarta-feira, 29 de novembro de 2023
Bando de mamados
sexta-feira, 24 de novembro de 2023
José António Moura: "Cadernos de Divulgação" (2 vol.; Marte Instantânea; 2023)
Há gajinhos espertos e o JAM ganhou esse estatuto com os seus Cadernos de Divulgação (CD), um verdadeiro pot-pourri de informação de como ele consumiu música, aprendeu a apreciar outro tipo de sons e passou a divulgá-los em rádios piratas - isto para já, considerando que a sua futura actividade profissional será de produtor electrónico e lojista. Dos finais dos anos 70 e em linha recta até aos dias de hoje quem sabe?), se estes CDs forem tão clínicos como têm sido nestes dois primeiros volumes só daqui a 10 é que estaremos em 2023! Mas é justamente o gozo de melómano de ter tanta efémera guardada, de fazer coleccionismo anal retentivo e afins que dá gozo a qualquer nostálgico/ melómano/ antropólogo (riscar o que não interessa) passar por estas folhas em riso com um bom sorriso - a impressão em risografia ou porque é chique ou apenas porque é a única impressão lowcost-DIY que permite ter uma textura que replica a velha fotocopiadora dos anos 80! Há descobertas fixes como Perennial Divide (pré-Meat Beat Manifesto), Princess Tinymeat (com um ex-Virgin Prunes) ou Poésie Noire como parvoíces como Bubblemen Rap (os Love & Rockets a divertirem-se? Que idiotas!), há listas de Top caseiros, há folhas dos programas de rádio, notas de imprensa, memorabilia de bandas, concertos ou discos e textos de reflexão como já pouca gente o faz nos dias de hoje porque já não há imprensa, livros sobre música sempre rarearam no mercado português e os sítios em linha são apenas miseráveis. Cá se espera por mais destes CDs de Marte, ó Major!
PS - sinto, modéstia à parte, que o livro dos 30/20 anos SPH/Thisco tenha sido inspiração prá feituras destes CDs, valeu!!
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
Capital Verde 2023
Bem estava eu farto de lixo humano (vou ser preciso: turistas), excesso de lixo (sobretudo o plástico por causa dos turistas) e ruas poluídas (olha, por causa dos turistas: aviões, tuk-tuks e cruzeiros!)!
Viva os putos!!!
VIVA!!!!