terça-feira, 31 de dezembro de 2013

CENAS QUE realmente CURTI em 2013



1. Die Antwoord : Ten$ion (Zef / Downtown; 2012)
2. Martín Lòpez Lam : Parte de todo esto (De Ponent)
3. Francisco Sousa Lobo : O Desenhador Defunto (Chili Com Carne) + Toma lá 500 paus e faz uma BD!
4. Simon Reynolds : Retromania : Pop Culture's Addiction to its Own Past (Faber and Faber; 2011)
5. Greil Marcus : Marcas de Baton : uma história secreta do século vinte (Frenesi; 2000)
6. Otto Von Schirach no Milhões de Festa + Supermeng (Monkey Town; 2012)
7. Ghunagangh ao vivo no VI Matanças (Casa Viva, 22 Dez)
8. The Bug singles pela Acid Ragga
9. Berliac : Playground (Ediciones Valientes)
10. Rui Eduardo Paes : "a" maiúsculo com círculo à volta (Chili Com Carne + Thisco)
11. Ursula K. Le Guin : Os Despojados - Uma Utopia Ambígua (Europa-América; 1983)
12. Xavier Löwenthal, Ilan Manouach : Metakatz (5éme Couche)
13. Amanda Baeza : Our Library (Mini Kuš! #13) + Nubles de Talco (Bombas para Desayunar)
14. Ocelot Kid
15. Sektor 304 + Le Syndicat : Geometry Of Chromonium Skin (Rotorelief)
16. Jucifer no Festival Ramboia + за волгой для нас земли нет (Mutants of the Monster)
17. Mikhaïl Bulgákov : Coração de Cão (Estúdios Cor; 198_)
18. Brian Eno

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ácido na perereca



The Bug : Ganja baby / Diss mi army + Hardcore Lover (Acid Ragga / Ninja Tune; 2012-13)

O ano passado o The Bug, sem dúvida dos melhores projectos musicais deste milénio, criou um selo editorial para lançar três singles, intitulado Acid Ragga. Não sendo um coleccionador e taradinho completista, por acaso tenho um orgulho de ter arranjado dois deles. Dancehall maldito a feder catinga e canhões de ganza, as quatro músicas cumprem a função "single" que é, toca a mudar de lado ou toca a repetir a malha porque ainda não estou enjoado de ouvir isto! Quem não sabe quem é the Bug que procure e que fique parvo a dançar ou tripar com a sua música!
De resto, os singles são verdadeiras obras de arte, vinilo amarelo-doença com os gráficos mais "sick sick sick" possíveis vindo do inglês Simon Fowler (Hardcore Lover) e da japonesa Kiki Hitomi (Ganja Baby) que também participa no projecto King Midas Sound onde se encontra The Bug....

Gracias Ghuna X e Jucifer por estas prendas!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Evil metaL


Fiz uma BD de 5 páginas uma antologia da Stripburger, cujo tema era o "Trabalho" mas não aceitaram porque não descobriram a ligação com o tema, sendo que a BD é um pequeno ensaio sobre o "underground" e a questão do dinheiro / estrutura social, usando ainda o Festival de Metal de Barroselas como pano de fundo.

Felizmente gostaram a BD e prometeram publicar num número normal da revista, que entretanto saiu!

É o número 62 e inclui alguns autores que recomendo como a dupla francesa Rupert & Mullot, sem dúvida a melhor coisa que aconteceu por aquelas bandas nos últimos 10 anos; e os suecos Gunnar Lundkvist (que fez a capa, além de ter uma BD e uma entrevista) e Lars Sjunnesson que já deveriam conhecer em Portugal pelas antologias Mutate & Survive, QuadradoNicotina'zine e as exposições no Salão Lisboa 2005 e a recente na Trem Azul, este ano em Setembro.

Mais informações aqui que ainda não tive oportunidade de ler a coisa como deve ser! Mas parece que valeu a pena esperar mais de um ano a julgar pelo aspecto da coisa... E ainda inclui uma entrevista à minha pessoa e dizem que é uma das maiores na história da revista!

Em Portugal podem adquirir este número na loja online da Chili Com Carne. Entretanto os "Stripburgers" fizeram uma exposição de promoção deste número com a minha BD num espaço lá na Eslovénia! WTF!?

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Nem carne nem peixe



Neneh Cherry & The Thing : The Cherry Thing (Small Town Super Sound; 2012)
Pat Metheny : Masada Book Two : Book of Angels volume 20 : Tap (Tzadik + Nonesuch; 2013)

O impensável diria eu, de um lado a Neneh Cherry, uma cantora Pop, e do outro os Thing, grupo escandinavo de Free Jazz e Fire Music. Na realidade o ciclo completa-se desde logo, Neneh é filha de Don Cherry, um dos grandes do Jazz, que os The Thing até lhe roubaram o nome. Só pode ser estranho ao início mas o groove do primeiro tema, Cashback, faz-nos logo esquecer as divisões do mundo da música. O chato é que ao longo do disco a magia perde-se, é o que faz começar com um tema tão poderoso logo no ínicio do disco, se fossem espertos colocavam-no em segundo ou lá mais para a frente. A seguir fazem versões de Stooges, Suicide ou MF Doom que poucos irão reconhecer mas de alguma forma nada suplanta o "hit single" que é o primeiro tema - mais ou menos como a carreira de Neneh, meteórica em 1989 com Buffalo Stance... Até percebo porque a malta da Trem Azul andava louca com este disco no Verão passado mas acaba por ser isso, um disco de verão passado que agora não parece ter muito futuro.
Rewind!
O impensável diria eu, de um lado o John Zorn (como compositor) e de outro Metheny (como intéprete). Não são o mais oposto possível estes dois? O Zorn trouxe provavelmente pessoas ao Jazz porque deixaram de o fazer por causa da Metheny, não? Ainda que o que Zorn faça não é Jazz, ou se preferirem, não faz só Jazz ou não faz mesmo Jazz! Zorn é sobretudo compositor e mais uma vez, relembro que estas série de CDs editados são o resultado de 300 composições que o gajo fez em 2004, o Book Two - Book of Angels, e que está a passar para vários músicos interpretarem essas composições.
Foi com alguma confiança que até fui na conversa da The Wire e do Público mas não consigo passar por cima da guitarra de Metheny nalgum ronhónhó melódico de beleza artifical mesmo que haja pequenos excertos Improv e melodias judaícas. Há uma sensação de controlo e limpeza que não se consegue ultrapassar. Aliás, como se poderia? O tipo toca todos os instrumentos excepto a bateria - a cargo de António Sanchez. Mesmo sendo um virtuoso em todos os instrumentos não se consegue dar a energia e descontração do que numa banda com vários elementos. Os textos do CD inclue os dois monstros a masturbarem-se um ao outro, a dizerem que gostam muito do trabalho de um e do outro, etc... Parabéns aos dois génios por terem andropausa a rodos!
Forward!
O impensável diria eu, foi mesmo há poucos meses atrás: meninas do J-Pop, as Bis, com veteranos do Noise Rock Hijo Kaidan,... alguém tem o CD desta realmente união bizarra?

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Passado estes anos todos, continua a ser a melhor banda de sempre!

Nunca me lmbrei de procurar raridades vídeo mas o Dr. Gama (dankas very muchas!) enviou-me este youtube dos Big Black. Fuuuuuuuck!!!!!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Chicotada psicológica!

Primeira página de Psycho Whip por unDJ GoldenShower e Jorge Coelho na Elegy Ibérica (2007)
 

Loverboy na Feira das Vanessas
por
Marte, João Fazenda, Jorge Coelho
e ainda António Kiala, Arlindo Yip Sou, Miguel Falcato, Nuno Nobre, Pedro Brito, Rui Gamito e unDJ GoldenShower

Capa a cores, 16 páginas a 2 cores (16,5x23 cm) e 32 a preto e branco (A5). Edição da Chili Com Carne, 7º volume da Mercantologia, colecção que recupera material perdido do mundo dos fanzines. Design de Joana Pires; Capa e fotos de olhos(«Ä»)zumbir realizadas no estúdio da União Artística do Trancão e em Sede Adres, com apoio à produção de xoscx e Adres. Bonecos realizados por Miguel Rocha e Alex Gozblau para a exposição "Loverboy Store: Liquidação Total" no Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada 2001, na Cordoaria Nacional.

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Este volume trata-se de uma compilação de “raridades” relacionadas com a série Loverboy que não foram publicadas nos três livros pela Polvo entre 1998 e 2001. Encontramos a reedição da “origem” da personagem em BDs ainda desenhadas por Marte – relembramos que os livros foram escritos por ele e desenhados por João Fazenda - e publicadas originalmente no zine Mesinha de Cabeceira entre 1993 e 1995. Participações em outros zines (Amo-te), antologias (a seminal Mutate & Survive) e revistas como a 20 Anos (oito BDs desenhadas por Fazenda), em alguns casos com as participações de outros ilustradores como Arlindo Yip Sou, Miguel Falcato e Rui Gamito. Algum “fan-art” de Pedro Brito, Jorge Coelho e Nuno Nobre (que fez um comic-book nos EUA sobre a Angeline Jolie!!!). São mostradas ainda curiosidades como os bonecos das capas, que foram feitos para uma exposição no Salão Lisboa 2001.

São mostradas ainda apropriações das personagens por Marcos Farrajota (em Noitadas, Deprês e Bubas) ou na série Psycho Whip - série de BD de unDJ GoldenShower (a) e Jorge Coelho (d) para a revista de música gótica-industrial Elegy Ibérica.

A história da série é contada por António Kiala, um académico que foi fundador do Mesinha de Cabeceira, que é bastante mais crítico e interessante que o material reunido, analizando o processo desta edição e da forma como a cultura DIY se vulgarizou na mitomania.

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O livro está à venda no site da Chili Com CarneFábrica Features, Trem Azul, Feira do Livro de Poesia e BDMundo Fantasma, BdMania, Matéria-Prima, Abysmo, Artes & LetrasKingpin BooksPó dos Livros, Utopia e Letra Livre.

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Feedback: olha já li o Loverboy, boy!! tá muita bom, gostei do todo. o fanzine do interior marca pontos, gostei bastante de rever o traço do Fazenda, o Coelho desenha mesmo pra c...(deviam ter continuado com a cena do Psycho Whip!!) curto bué a história do coquinado, a da descoberta da punheta e claro a do taxista impotente. como sou fã do Loverboy desde as minhas primeiras borbulhas no nariz,devo dizer-te que é me praticamente impossivel falar mal do Loverboy mesmo sabendo que ele é uma má companhia... tanto o Loverboy,o Astarot e o Leonardo, são personagens muito bem construidas, com vida própria e estão de tal maneira interligadas que me é impossivel dizer de qual gosto mais, mas uma coisa é certa sempre achei a irmã do Loverboy sexy... ps - tão importante como as histórias e o desenho é o texto do Kiala que nos mostra o percurso por trás das histórias, são 20 anos parabéns!! David Campos