segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Vinilo Natalixo


Judas Priest: Turbo (CBS; 1986)
Yello: Flag (Mercury; 1988)
Dois álbuns dos anos 80's que se beijam em colisão frontal. Adquiridos nesta quadra natalixa, o primeiro durante a Laica, o segundo trocando uma prenda "falhada" na Louie Louie. Ambos tem sucexxxos incontornáveis: Turbo Lover (JP) e The Race (Y)... e talvez por isso achava que os álbuns seriam melhor do que são. 
No primeiro caso esperava Speed / Heavy nojentito e... Bem! É nojentito sem dúvida mas mais Glam Metal do que nunca - ao que parece é um álbum em que os JP se venderam, segundo os fãs porque passaram a incluir sintetizadores. É capaz que eles tenham razão... Também, custou só um Euro e o rídiculo Turbo Lover só por ele já vale esse Euro! 
Os suiços Yello são um caso estranho da Pop, a começar porque deve ser a única banda que não tem uma base de "working class heroe" como acontece com toda a Pop - desde sempre sabe-se que os seus elementos são milionários e cheios de pasta... ou pelo menos o vocalista Dieter Meier é rico com quintas de vinho. Tem como hobby fazer filmes e cantar nos Yello. Flag (soa a "fag", que é o que o vocalista dos Judas é) é daqueles álbuns que sofre a injustiça tecnológica. Apesar de já haver CD's em 1988 não havia o ainda o terrível hábito que se institui nos anos 90 de preencher os 80m / 80MG dos CD's. Por isso Flag soa a pouco com as suas oito músicas - quatro que não chegam aos 4m e as outras quatro entre os 5 e os 8m. O excelente The Race - a razão de ter pegado neste álbum - é a tal dos 8m (com um vídeo fabuloso, afinal até os ricos fazem coisas boas!), um épico trágico-cómico que aguenta o sabor do tempo porque foram os Yello que deram o sabor "latin lover" às máquinas Kraftwerk - muito antes das tentativas tolas do Señor Coconut - e como se sabe o Latino ganhará o mundo segundo o Fernando Pessoa. As restantes músicas ando a saborear, ficando surpreso desde já com Tied Up que abre o álbum que é extremamente parecido com The Race (será uma prequela?). O resto parece abaixo dos "templates" do álbum Claro que si! (Vertigo; 1981) mas com o tempo de certeza que a coisa irá ao lugar ao contrário ao que a capa sugere - já agora, excelente capa de Ernst Gamper, o artista que fez a maior parte das capas da banda nos anos 80.

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