domingo, 9 de março de 2008

Da ABCzinho à Mesinha de Cabeceira

Inesperado o e-mail que nos chegou!

«Exposição de revistas de banda desenhada ... até 28 de Março na Bedeteca de Beja / Cafetaria da Casa da Cultura ... De 2ª a 6ª feira, das 9h às 20h

Ao longo dos seus cerca de 150 anos de História, a banda desenhada portuguesa viu aparecer e desaparecer dezenas de revistas. Algumas perderam-se para sempre nos corredores mais ou menos obscuros da memória. Outras acabaram por se assumir como marcos incontornáveis para compreender o percurso da banda desenhada no nosso país.

Esta exposição não esgota (nem de longe) os muitos títulos que permitem compreender a riqueza e diversidade desta arte em Portugal. Assinala apenas alguns dos nomes que ajudaram a construir este percurso: ABCzinho (1921-1932), O Senhor Doutor (1933-1943), O Mosquito (1936-1953), O Diabrete (1941-1951), Cavaleiro Andante (1952-1962), Jornal do Cuto (1971-1978), Mundo de Aventuras (1949-1987), Tintin (1968-1982), LX Comics (1990-1991), Mesinha de Cabeceira (desde 1992), ou Quadrado (desde 1993) (referimos unicamente algumas das publicações presentes na exposição).

Além do valor intrínseco que cada um dos exemplares em exposição manifesta, é ainda possível admirar as capas de artistas tão distintos como Cottinelli Telmo, Stuart de Carvalhais, Emilio Freixas, Burne Hogarth ou Hugo Pratt, entre muitos outros.

Com um carácter assumidamente pedagógico e didáctico no início, as revistas de banda desenhada foram-se transformando ao longo dos tempos, acentuando uma vertente lúdica muito forte, de acordo com o gosto e exigências do seu público-alvo: o público infanto-juvenil (e de acordo com as preocupações dos pedagogos e dos censores). Nas últimas décadas, embora o carácter lúdico da banda desenhada manifeste sempre preponderância, apercebemo-nos também da mudança gradual que foram sofrendo, não só na forma, mas no conteúdo.

A este respeito interessa referir a LX Comics, a Mesinha de Cabeceira, ou a Quadrado, publicações viradas exclusivamente para o público adulto onde predomina o carácter autoral e experimentalista dos seus artistas, deixando perceber alguns dos movimentos mais significativos dentro da arte contemporânea portuguesa (e não só) no que concerne à banda desenhada.

Nota: Todas as revistas presentes nesta exposição são acompanhadas de um texto mais ou menos sumário onde se realçam algumas das características específicas da publicação em causa: cronologia, autores, curiosidades, etc.»

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